domingo, 15 de janeiro de 2012

Ilustrações no Livro

As ilustrações dos manuscritos eram chamadas de iluminuras, pois tinham como propósito "iluminar" o conteúdo dos textos para os leigos, nelas são possíveis identificar pigmentos de várias origens e uma diversidade enorme de estilos de época.

                           Livro de Horas de Margarida de Cleves retirado do Museu Calouste Gulbenkian

Com ou aumento da demanda por livros, principalmente com a criação das universidades no séc. XII, as gravuras passam a ser usadas como método dominante de ilustração. A priori foram usadas as xilogravuras recorrentes até metade do século XVI.

                                     Crônicas de Nuremberg - Xilogravura de Dürer - Reitrada do Tesouro Bibliográfico
       
As calcogravuras, que usavam uma matriz de metal, diferente das xilogravuras que usavam de madeira, foram aos poucos se tornando preferência na produção livresca, principalmente após o domínio da técnica de laminagem, diminuido a expessura das lâminas de cobre e alumínio.

Calcogravura de Rubens - Retirada da Galeria de Gravura

No final do séc. XVIII as litografias passam a ser usadas constantemente para ilustração. Esta técnica permite que o desenho seja transferido para o papel de forma fidedigna utilizando como matriz uma pedra calcária.
                                                     Litografia - retirado de Mobiliario - Hogar

Na metade do séc. XIX surgem as fotografias que passam a partir de então a ilustrar os livros com frequência. No entato, surge um movimento contrário à industrialização do livro, principalmente na França e na Inglaterra. As editoras independentes criam então os chamados livos de arte ou livros de artista, com o propósito de resgatar as origens da produção livresca, com impressão em tipos móveis, papel artesanal e gravuras como ilustrações.

                       Água-Forte de Portinari - Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil - Retirado de Terceiro ano